quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Voem, voem borboletas...

Conheço uma cara muito bacana que hoje em dia está trabalhando com agricultura orgânica numa chácara em cidade satélite da corruptolândia capital Brasília, antigamente ele tocava numa banda e cantava mais ou menos assim: "Voem borboletas, antes que a chuva caia e atinja o casco dos besouros!"... Esse cara, posso chamá-lo de Barberatto (www.myspace.com/rockvoltage), é sociólogo, e lia um outro que dizia que só pensava quem andava, e quem andava pensando que estava pensando mas em nada maquinava nada pensava. Ou em nada pensava, quase.
E quase que pouco se anda hoje em dia, seja por conta do Sol na moleira, seja pela pressa em pegar um ônibus ou parar logo na esquina, ou no mais próximo bar da esquina. Um qualquer, ou no posto do Zema mais próximo... Em uma loja de conivência, conivência com a probreza, conivência com a miséria!! E dá-lhe Fast-Food!!! Fashion Fast-Fug-Fug!!

Beto Martins, sócio majoritário da Editora MRD (a que lança meus zines celulózicos, as atuais revistas do pernambucano Watson "Barroso" Portela e o traditional, and cool cult, Meninas Viciadas) acaba de ter um projeto de oficina de quadrinhos e fanzines, a ser aplicado em escolas públicas do município de Araguar, em Minas, aprovado pela lei de incentivo municipal. As oficinas serão ministradas durante o ano corrente e terá a colaboração do uberlandense Rosemário H. de Souza, outro artista dos quadrinhos triangulenses. Bons frutos aos nossos quadrinhistas e à trupe de crianças contempladas com essa oportunidade de travar um contato tão direto e divertido com a arte sequencial que são as Histórias em Quadrinhos.

Maiores informações nas comunidades do Orkut: Editora MRD
Meninas Viciadas

ou no perfil do ...Valium

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Aniversário no Brejo: A pocket show at 29/12/2007




Era um sábado de fins de Dezembro, dia do poket show “Rock in Brejo”! A festinha de aniversário (o que acabou apenas sendo) estava sendo planejada havia já algumas semaninhas, desde quando voltei pra passar o mês em Minas. A idéia era juntar o errante Sapo Bugre, A Boi Sonso Productions e a I ? M (Independente ou Morte, produtora de Uberlândia), com parceria/apoio do Estúdio Arca, http://www.radioburiti.com.br/ e FAEC (Fundação Araguarina de Educação e Cultura) e assim oferecermos naquela tarde de sábado, num dos espaços da bela e preciosa Casa de Cultura de Araguari, um pouco ARTE e DIVERSÃO para um público enganadamente estimado em pelo menos 200 seres.
Sim, a idéia é uma coisa, mas a prática pode não seguir estritamente os planos e acabar por ser outra, não é mesmo? Querido bloguinho de meu bem querer?!! A banda “Os Haxixins”, de Sampa, não puderam comparecer, mesmo a gente pagando uma van pros caras... tá. O telão e os vídeos ficaram a meio caminho entre Ituiutaba e o pé de jambolão na Ufulândia... tá. Gustavo Vale, o impertinente, frenético e insano babão ator de Goiânia não veio também. Motivo: trabalho... tá. Daí, pra completar o quadro, os cartazes e flyers, que teriam de estar puraí no mínimo dia 20 e que estavam, inicialmente, de feitoria terceirizada, foram-se enrolando e nos enrolando até que, por fim dia 28 ainda nem existiam. Mas estava a rolar uma baita divulgação nos orkuts e comunidades da vida. Ou seja, todo mundo sabia do evento, pelo menos em Uberlândia a galera tava toda ligada... Apesar da recepção “Banho Maria” (se é que vocês me entendem...) alguns pareciam estar dispostos a vistar o brejo naquela tarde roquenroll de sábado. Poia afinal de contas, sempre comparecem bastante uberlandenses nos “Reri-Rocks” que rolam de vez em quando. E nossos flyers e cartazes, feitos às pressas com um quadro de Salvador Dali ao fundo tinham ficado, diga-se de passagem, de muito bom gosto. Mas não deu quase ninguém. Mas foi foda!! Um, diria, investimento. Pena a “Buriti Radio”, estar de férias e ter comparecido sem nem um bloco de notas pra registrar nem depois divulgar nada, vai entender que tipo de apoio as pessoas andam oferecendo hoje em dia... Que tipo de eventos e produtores merecem ou não atenção da mídia, seja ela autoproclamada “alternativa” ou não. Ah! A Drica (do jornal “O Correio Uberlandense”) também não foi, mas era porque estava de plantão... Senão, disse-me anteriormente, teria comparecido e “coberto” o pocket evento.
A única banda araguarina sumiu e nem deixou rastros ou notícias, o Anil (Anal, para os íntimos), justamente a banda que vive a aparecer na porta dos eventos que organizo pedindo pra tocar (isso sem terem sido convidados) caíram fora, bundaram, neca de embarcarem... Será que acabaram por descobrir que o “Rock in Brejo” não era um Open Bar playbinha qualquer? Daí por isso não deram as caras, ou notícias? Tsc! Tsc! Tsc! Assim vão continuar tocando (Sacrificando, melhor explicitar!) apenas “Voodo Chile”, de Hendrix, a vida inteira. Mas há status. E status, carinha de mau, carrinho do paipai sempre contuarão fazendo sucesso, pelo menos por mais uns trinta anos acho que sim.
As outras bandas tocaram sem retorno, o “Seu Juvenal” (Uberaba/Ouro Preto) ficou puto com isso, com eu não ter visto o show deles ou com a falta de público rockeiro (que boto fé parece definitivamente não existir em Araguary) e nem sei mais com o que mais estavam estupefatos... Sei que corremos atrás de aparelhagem suficiente e nada conseguimos, tudo alugado pro fim de ano, pra ranchos cornonejos, para as piscinas e pagodinhos babacas e vulgares. E os juvenais, que haviam até ensaiado uma música da época da Geração Desemboque, a “Rio Claro”, para eu cantar com eles, estavam a sair sem se despedir. Mas como assim? Araguary, me tira daqui??????????!!!!!!!!!!!! E daí quem ficou puto fui eu! Fui lá e tentei conversar, mas zaccamigo (?) de longa data procurou me ignorar, tipo assim... “Te risquei de minha agenda”, saca? Foi assim como me senti. E mandei-o foder-se! Grandão. Mas a galera adorou a apresentação,
apesar de curta, e eu continuo com a opinião e a certeza de que o “Seu Juvenal” (www.myspce/seujuvenal) é uma das melhores bandas do Underground tupiniquim. Só precisam de um “handicap”, ou de uma pequena abertura na pressão de alguma panela para que cresçam, pois fermentada e no ponto a banda já está há anos.

Passado o pequeno “stress”, eis que surge a “Banda de Blues de Joe Strume”: tosco, visceral, totalmente sujo e garageiro. Alguns dos presentes acharam a performance da dupla um tanto realmente estranha, as músicas “non sense” e nauseantes, já outros, como eu, adoraram! Ou adoraram e acharam isso também!! And... We dance, and dance, and dance até o suor pedir pra parar de pingar! “Banda de Blues de Joe Strume” é genial, a melhor banda de Uberlândia, e uma das únicas que não plageiam ninguém... Mesmo porque não conseguem! Coming soon, a 7” EP of Joe Strume’s Shit-Rock n’ roll band! Contrate-os! Paguem o gás para eles irem tocar e se destruir em sua cidade, não importa aonde, eles são muito escrotos e feios! E fazem um barulho do caralho. Em tempos de brit-pop e indiezinhos produzidos e sem conteúdo esses caras são um contraste à grande maioria do insonso público, bandas e galerinhas que vão a shows geralmente pra mostrar o Adidas, o dread novo ou o cortezinho de cabelo a “a la Strokes”. E chega! Que já está ficando chato como eu! Sim, mas só eu como eu, viu?
Então, eis que sobe ao palco (?) a banda Arca, tocando uma sonzêra setentista recheada de poesias e muita energia. O baixista Rafinha “trilocarsso” não faltou, mas esqueceu de levar o instrumento! Então ficou lá... Chapadaço e tocando “air-bass-guitar”. E ainda por cima depois ficou me chamando de louco... Aliás, todo mundo nesse dia me chamou de locarsso! É cada uma, cada um... Ora bolas!! Nem no meu aniversário não posso ser eu, pô?!
No outro dia, Domingo pé-de-cachimbo, estava marcado o “Dia do Caos”, no espaço dos “diou”, ou melhor, na intimidade do Porão Pub (R. Paranaguá, 666) mas todas as bandas faltaram, menos a minha. Daí então foi rolou a primeira apresentação pública do “Le Cicloplegiks”! Oh Yeah! Rá! Rá! Rá! Rá! Wow!!! Tocamos a já conhecida “Sessão da Tarde” e mais uma pá de experimentações rock and rollers. E rolou muita catuaba, grass-joints, Antarcticas e o mais importante, a presença de my green eye’s girl e dançantes, gaitantes e cantantes amigos de insanidade. R.O.C.K. bruto.
É, pra um Roquenrolling Festival o “Rock in Brejo” se deu muito bem como a melhor festa de aniversário de minha vida, o dia em que fiz 29 aninhos e provei mais uma vez ainda não ter largado a adolescência.
Rodrigo Vallin

ai, acho que era isso aí, faltou umas fotos e um vídeo, esse aí ó:
http://www.youtube.com/watch?v=3jijV9sfQsU

entre e veja...
depois tento reformar a post!
buenas notches gueros!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Então é Natal, e carnaval!


Pasto a pasto, vaquinhas vão, mugindo a ruminar... Enquanto isso, embebem-se corvos em coponhaques, e os hímens dão-se na imersidão. Dão-se o que haveria de sacro ser. Dão-se infanto-hímens a barbados geralmente vindos de além-mar, dão-se a troco de merrecas, centavos de euro-folga, dão-se a grossos arrogantes que cá vêm a fim de espalharem doença e ganância em forma de um turismo moldado à bruta sacanagem, sodomia. Sexo sujo na esquina do ocidente. Meninas de 9, 10 anos numa roda absurda de brincadeiras sem graça, pior, uma graça unilateral, movida à drogas pesadas e degradantes, viagras e personas non gratas em nosso país, com sorriso de tio Sam e uns trocados na cartola. A seduzir a inocência, a aproveitarem-se das mazelas brasileiras, das mazelas de uma cidade batizada Natal. Uma cidade colorida e moderna, acolhedora e com muitas e muitas atrações para todos os gostos e nacionalidades... Christmass metropolis! Vento, dunas, tatoos, fanzines, sebos, vinis, gibis, praias e sotaques, o melhor idh da região Nordeste, um local perfeito pra se falar Esperanto e conhecer personas legais, ou não.

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